sábado, 23 de maio de 2009

Ewloe Castle - País de Gales


Há poucos registros conhecidos sobre o castelo de Ewloe. Situado no norte do País de Gales, e hoje completamente em ruínas, ao que consta, ele teria sido construído por volta de 1150, a mando do príncipe Galês Owain Gwynedd. Inicialmente uma construção em madeira, apenas 50 anos depois ele foi convertido numa construção de pedra, a qual vemos hoje.

Do conjunto de prédios que formavam o castelo, o mais antigo era sua torre de dois andares. As muralhas laterais e sua torre circular só foram erigidas a partir de 1255. Uma das poucas referências escritas relacionadas a Ewloe data de 1311, em relatório enviado ao rei Edward III por Payn Tibotot, escrivão da cidade de Chester, situada a pouca distância. No documento, um levantamento dos castelos da região, ele informava ao monarca que Ewloe estava em boas condições de utilização, e que desde 1275 estava em poder do rei Galês Llywelyn ap Gruffydd.

Daí em diante, uma bruma negra cobre a história do castelo de Ewloe. Apenas séculos mais tarde, em 1928, foi publicado um estudo mais aprofundado sobre o castelo, mas que, mesmo assim, estava longe de ser conclusivo.

Pelo estudo, conclui-se que Ewloe tinha uma forma semicircular, e era constituído por duas seções independentes, construídas em diferentes níveis. Na parte superior estava situada a torre maior, conhecida como Welsh Tower (torre galesa), com um pátio pequeno em seu contorno, e na inferior situava-se a torre menor, circular, e o pátio principal do castelo. Este pátio era o local onde se realizavam as principais atividades externas. Nele estava localizado ainda um poço de água, acessório essencial do castelo, principalmente nas ocasiões em que estava cercado por tropas inimigas, o que não raro durava meses.

Também neste pátio trabalhavam os ferreiros, arqueiros, carpinteiros e serviçais em geral, responsáveis pela manutenção de armas, munições, e por manter em dia as provisões do castelo. Alguns historiadores especulam que também no pátio inferior provavelmente estaria situada uma pequena capela, como era usual em construções deste tipo, e que fornecia apoio espiritual aos moradores, principalmente durante as freqüentes guerras e batalhas, entre ingleses e galeses.

As acomodações do senhor do castelo ficavam localizadas no primeiro andar. Circundando todo o conjunto estava situada a muralha principal. O acesso ao interior era feito através de uma ponte suspensa, de madeira, que fornecia uma proteção adicional contra visitantes indesejados. Nos últimos anos, alguns serviços de restauração chegaram a ser executados em Ewloe, mesmo assim, ainda há muito a fazer, quando se pensa na possibilidade de fazê-lo voltar ao estado inicial, como já foi feito com outros castelos do Reino Unido.

De uma forma geral, o que tem-se hoje em dia sobre Ewloe são mais suposições do que certezas. Sua própria localização é desencorajante para visitas. Fomos até lá atraídos por uma pequena indicação num mapa do norte do país de Gales. Mas até conseguirmos achar o local exato foram necessárias muitas perguntas aos moradores. Apenas uma pequena placa na beira da estrada indica o caminho para lá. E mesmo assim, para chegar a Ewloe, é necessário caminhar uma boa distância através de campos, tentando desviar do estrume das vacas galesas.

Acima, vê-se uma reconstituição artística do que teria sido a aparência de Ewloe em seu apogeu. Para quem estiver passeando próximo à cidade inglesa de Chester, vale a pena percorrer os cerca de 40 km que a separam do castelo e conhecer esta testemunha silenciosa feita em pedra de tempos bem turbulentos.

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