sábado, 23 de maio de 2009

Bodiam Castle - Inglaterra


O castelo de Bodiam é uma típica fortaleza, um dos últimos em seu estilo a serem construídos na Inglaterra, e corresponde mais ou menos àquela imagem clássica que costumamos ter de um castelo medieval: Imponente, pesado, com altas muralhas, torres cercando seu perímetro, e rodeado por um fosso.

Bodiam teve sua construção iniciada em 1385 quando o rei Ricardo III autorizou sir Edward Dalyngrigge, nobre de grande prestígio junto à coroa, a providenciar uma fortificação com a finalidade de proteger a região próxima à costa de ataques dos franceses, àquela época em constante guerra com os ingleses.

O castelo também serviu como residência para seu proprietário e mais 150 pessoas, entre criados, cavaleiros, serventes, cozinheiros, e outros, por isso não foi apenas uma fortaleza, mas também uma confortável residência. Entre os diversos aposentos do castelo destacavam-se, o Great Hall, salão onde o nobre recebia e entretinha sua corte e convidados, a capela, e os apartamentos pessoais de sir Edward.

Ao contrário de seu exterior, que manteve-se relativamente bem conservado, os únicos aposentos internos que ainda permanecem de pé são aqueles construídos sob as torres e muralhas, os quais não tem maior expressão. A parte central do castelo infelizmente está em ruínas, e no gramado que agora ocupa aquele espaço, só podemos ver a base das construções que dividiam seu interior, e imaginar os banquetes, intrigas, disputas, ou romances que teriam acontecido entre aquelas grossas paredes. Para quem tiver disposição, no entanto, ainda é possível subir nas torres, e caminhar um pouco ao longo de suas imponentes muralhas, procurando no horizonte algum tardio invasor francês.
O castelo de Bodiam também está situado em direção sudeste, a meio caminho entre Londres e o canal da Mancha. Seguindo pela movimentada auto-estrada M20, que leva ao litoral, pegue sua saída número 6, e siga rumo sul pela A229, cerca de 25 km. Logo depois de passar pelo vilarejo de Cranbrook surgem placas indicando o acesso ao castelo, pela estrada B2244. Bodiam está situado em Kent, uma das regiões mais belas da Inglaterra, onde tudo em volta parece ser coberto por um gramado verde a perder de vista.
Fonte:www.viagensimagens.com

Blenheim Palace - Inglaterra



A história de Blenheim é relativamente recente, e vem de 1702. Neste ano, quando a rainha Anne subiu ao trono, iniciou-se mais uma guerra na Europa. O duque de Marlborough, verdadeiro gênio militar conhecido no circulo real foi escolhido pela rainha para liderar as tropas Inglesas.

Durante os anos de 1702 e 1703 ele lutou e defendeu a Holanda de uma invasão Francesa, e em 1704 avançou com suas tropas pelo vale do rio Reno. No dia 13 de agosto uma batalha decisiva foi travada às margens do rio Danúbio, numa pequena cidade chamada Blindheim (ou Blenheim), onde estava o comando das tropas francesas.

Foi nesta localidade onde o Duque de Marlborough conseguiu uma grande vitória sobre as tropas imperiais de Luiz 14, e salvou Viena de uma invasão Francesa. Em reconhecimento a esta sua decisiva vitória a rainha Anne lhe concedeu o título e a posse de Royal Manor of Woodstock, o que lhe permitiu construir naquele local o palácio, que iria chamar-se, em alusão à sua vitória, Blenheim Palace.

A duquesa escolheu para construir o palácio o arquiteto John Vanbrugh, que já havia provado suas habilidades com a construção do Castelo de Howard, e em 1722 a obra estava concluída. Como as vitórias do duque de Marlborough em batalhas continuaram, nas batalhas de Ramillies (1706), Oudenarde (1708), e Malplaquet (1710), ele continuou nas boas graças da rainha, e o proprietário de Blenheim acabou transformando-se num herói nacional.
Foi neste palácio que nasceu Sir Winston Churchill, em 30 de novembro de 1874. Mais tarde ele diria com bom humor "Foi em Blenheim que eu tomei duas decisões muito importantes: Nascer e Casar".

Blenheim é verdadeiramente um palácio. Suas linhas arquitetônicas, decoração, mobília e todos os outros itens que compõem o conjunto formam um conjunto belíssimo, que encontra semelhança em poucos locais do mundo. Os pontos de destaque são o Great Hall, Green Drawing Room, Red Drawing Room, o Saloon, as três State Rooms, Biblioteca, e Capela. Ao lado, uma vista aérea do palácio.

Também merecem destaque os jardins do palácio cobrindo uma área a perder de vista. Existe até mesmo um trenzinho, que leva os turistas para conhecer os recantos mais bonitos e remotos dos jardins. Para arrematar sua visita, não deixe de visitar o restaurante, situado no primeiro andar, servindo scones, lanches e doces durante o horário de visitação ao palácio.
Blenheim fica na cidade de Woodstock, pouco ao norte de Oxford. Se você estiver em Londres e decidir ir até lá, a forma mais fácil para quem não está de carro, é pegar um trem para Oxford na Paddington Station. São 50 minutos de viagem de Londres até Oxford. Ao chegar lá pegue um ônibus para Woodstock, e em mais 10 minutos você estará chegando ao portão principal do Blenheim Palace. Foi isso que fizemos, e foi facílimo chegar lá, além do que todo mundo oferece informações com a maior boa vontade. Na volta, aproveite para dar uma passeada na simpática Oxford.

Fonte:www.viagensimagens.com

Bamburgh Castle - Inglaterra


O castelo de Bamburgh está situado no litoral da Northumbria, região ao norte da Inglaterra, construído sobre uma rocha frente ao Mar do Norte. O local sempre foi considerado estratégico, e era habitado inicialmente pelos Celtas, ainda no período anterior a Cristo.

Os romanos também andaram por aqui, e depois que seu império ruiu, os anglo-saxões foram aos poucos se estabelecendo e dominando a área, sendo que já no ano de 547 Bamburgh já tinha se tornado tão importante que havia adquirido status de capital, dentre os primeiros reinos a surgirem na região das ilhas britânicas.

Contam até mesmo algumas lendas que foi em Bamburgh que viveu Sir Galahad, mais famoso cavaleiro do Rei Arthur. Verdade ou lenda, o certo é que o castelo de Bamburgh teve um papel fundamental no período em que foram moldadas as fronteiras e as diferenças entre Inglaterra, Escócia e País de Gales.

A história do castelo começou ainda no século VII, graças ao Rei Edwin da Northumbria, que em 627 levou para lá um missionário romano, para propagar a cultura e pregar o Cristianismo. Os pagãos de Northumbria, no entanto, não se mostraram muito receptivos às idéias religiosas do rei, ficaram enfurecidos, e decidiram depor o monarca. Na verdade eles fizeram até mais, e acabaram matando o rei.

Seu filho Oswald, no entanto, que também estava convertido ao cristianismo, decidiu dar continuidade às idéias do pai. Voltou do exílio, enfrentou os revoltosos e teve mais sucesso. Conseguiu que Bamburgh se convertesse e ainda que ao longo das décadas seguintes, se transformasse num pólo de ciências e artes que teria influência até mesmo em outras cidades européias.
O castelo de Bamburgh , tal como aparece nas fotos atuais, teve sua construção iniciada há 900 anos, e se você estiver no norte da Inglaterra, perto da cidade de Newcastle-upon-Tyne, ou a caminho de Edinburgh, não deixe de passar por ele. O cenário é magnífico, pois não são muitos os castelos construídos sobre um rochedo à beira mar, com direito a verdes campos de um lado, e uma praia de areia branca do outro.

O passeio pelo interior do castelo é feito por conta própria, e entre os diversos ambientes, todos em perfeito estado, estão a sala das armas, museu, masmorra, o King´s Hall, e a Cross Hall. Quando passamos por lá fazia frio e ventava incrivelmente, e segundo nos disseram, isto não é incomum naquela região, por isso, o pequeno restaurante do castelo, servindo bebidas quentes, bolinhos típicos e doces é uma boa sugestão.

Bamburgh fica a 80 km ao norte da cidade de Newcastle-upon-Tyne. Indo pela estrada A1, preste atenção quando passar pela cidadezinha de Adderstone. Pegue então a estrada B1341 e siga 8 km até chegar ao litoral. Em relação à Edinburgh, Escócia, o castelo fica 110 km ao sul.
Fonte:www.viagensimagens.com

Arundel Castle - País de Gales



Arundel é um dos mais imponentes e conservados castelos da Inglaterra. Suas torres e muralhas, visíveis desde longe para quem se aproxima, já são um alerta que ali está algo muito especial. Sua construção foi iniciada em 1070, por Roger de Montgomery. Também ele era um dos fiéis colaboradores de William, o Conquistador. Em reconhecimento por sua ajuda, recebeu as terras a oeste de Sussex, assim como grandes extensões no País de Gales.

Em 1102, Robert de Belsema, irmão de Roger, uniu-se a outros nobres e organizou uma revolta contra o rei Henry I. Furioso, o monarca decidiu vingar-se, e ordenou que o castelo de Arundel fosse atacado. Seus defensores resistiram por três meses até serem obrigados a se render. Como conseqüência, Robert perdeu não apenas o castelo, mas também suas terras. O rei deu Arundel de presente para sua segunda mulher, Alice de Louvain. Alguns anos mais tarde, com a morte do rei, Alice casou-se com William d'Aubigny, um expert na construção de castelos, e que logo providenciou reforço das defesas de Arundel. O castelo desempenhou papel fundamental na disputa pelo trono, ocorrida em 1139. O rei era Stephen, que logicamente não queria abrir mão da coroa. Sua oponente era Matilda, filha do soberano anterior, Henry. Quando ela chegou do exterior e reclamou seu direito ao trono começou a disputa. Perseguida por Stephan, ela refugiou-se em Arundel. O castelo mais uma vez foi atacado e tomado. Stephan continuou com a coroa, mas, num gesto político, permitiu que d'Aubigny continuasse como proprietário de Arundel.

Em 1243 chegava ao fim a linhagem dos d'Aubigny. Arundel passou então para a família Fitzalan, através do casamento de Isabel de Albini com John Fitzalan. Foi este quem adicionou uma grande muralha externa, e fortificou ainda mais a torre central. Os proprietários seguintes de Arundel, no entanto, não foram muito felizes em suas passagens pelo castelo. Richard, o segundo Conde de Arundel, desgostou ao rei com suas atitudes e, em 1326, teve a má sorte de perder a cabeça, ou seja, foi decapitado. A seguir o castelo passou ao controle do Conde de Kent, o qual também acabou decapitado quatro anos depois. O novo proprietário, Richard, o 4o conde da linhagem Fitzalan, também terminou seus dias executado por ordem do rei Richard II

O proprietário seguinte, Thomas Fitzalan, não foi executado, mas acabou morrendo em 1415, acometido por uma das pestes que volta e meia assolavam a Inglaterra. Devido a esta sucessão de fatalidades, acabou chegando o momento em que, assim como os d'Aubigny, também os Fitzalans ficaram sem herdeiros para assumir o comando de Arundel.

Graças então a um providencial casamento com uma das últimas herdeiras dos Fitzalans, a propriedade passou para Philip Howard, o Duque de Norfolk. Mas esta família também tinha o mau hábito de tramar planos contra os reis, o que, na época, não fazia muito bem à saúde.

Henrique VIII, o soberano que teve seis esposas, foi um dos mais poderosos e controvertidos reis da Inglaterra. Impedido pelo Papa de casar mais uma vez, em 1536, reagiu com fúria. Aboliu a igreja Católica na Inglaterra e criou sua própria igreja, a Anglicana. O episódio causou muita reação no povo e no país, sendo que o avô do proprietário de Arundel, Thomas Howard, foi um dos maiores opositores a estas medidas de Henrique III.

Seu neto Philip, por esta razão, já tinha fama de pertencer a uma família de agitadores. A gota dágua foi quando recusou-se a obedecer ao rei e abandonar sua fé católica. Em 1547 foi preso e executado. Apenas recentemente, em 1970, ele seria canonizado pelo Vaticano, como reconhecimento ao seu gesto de fé.

De 1547 em diante, poucas execuções ocorreram em Arundel. Apenas durante a guerra civil as coisas voltaram a ficar turbulentas. O castelo foi atacado e capturado pelas tropas parlamentaristas de Oliver Cromwell. Assim como em tantos outros castelos, vistos como símbolos da monarquia, as tropas de Cromwell deliberadamente destruíram grande parte do castelo, até que sobrassem apenas ruínas.

Em ruínas permaneceu o local até o século 18, quando Charles, o décimo Duque de Norfolk deu início a um grande e dispendioso programa de reconstrução. Seu descendente, Henry, o décimo quinto Duque de Norfolk levou a tarefa à frente entre 1875 e 1903, fazendo com que Arundel voltasse a exibir sua antiga glória e imponência.

Atualmente o local está aberto aos turistas entre os meses de abril e agosto. Durante a visita pode-se percorrer um grande número de aposentos, incluindo o grande salão do castelo e sua torre principal. Pode-se apreciar mobílias diversas do século 16, tapeçarias, pinturas, esculturas e objetos de uso pessoal de Mary, Queen of Scots. Também merecem destaque os aposentos especialmente construído para a visita da rainha Victoria, quando ela foi hóspede do castelo durantes três dias de 1846.

Arundel serve ainda como residência dos herdeiros Norfolk, o Duque e Duquesa de Norfolk e família, num setor não aberto à visitação pública. Ao terminar seu passeio pelo castelo não deixe de visitar o simpático restaurante de Arundel, onde são servidas refeições quentes ou lanches com chá ou chocolate quente, acompanhados de doces, tortas e os tradicionais Scones com o saboroso creme de leite conhecido na Inglaterra como Clotted Cream.A melhor forma de chegar à pequena cidade de Arundel é de trem. A viagem de Londres dura pouco mais de uma hora, cruza campos verdes e é uma delícia, um autêntico programa inesquecível para um dia de férias.

Fonte:www.viagensimagens.com


Caerphilly Castle - País de Gales


O castelo de Caerphilly é uma das maiores fortalezas medievais da Europa. Poucos outros castelos, talvez apenas Windsor e Dover, ambos na Inglaterra, podem competir com Caerphilly, em termos de dimensões e imponência. O complexo é formado por um conjunto de torres, grossas muralhas duplas e engenhosas linhas de defesa que o tornaram inexpugnável aos ataques dos exércitos inimigos.
Sua construção é obra de Gilbert de Clare, o Lorde de Glamorgan, e representou um marco da arquitetura medieval. Os serviços duraram 20 anos, sendo que a maior parte dos mesmos foi executada entre 1268 e 1271. Seu objetivo principal era defender a região contra os ataques das tribos galesas, lideradas pelo terrível Llywelyn. Estas terras haviam sido conquistadas dos galeses em 1266, e a construção de uma fortificação era essencial para mantê-las na mão dos ingleses.
Os serviços começaram com a inundação de uma vasta área, de forma a criar o lago dentro do qual seria erigido o castelo. A água era, na prática, a primeira muralha de proteção contra ataques, e ajudava a manter os inimigos mais afastados. Em três ilhas no centro do lago foram lançadas as primeiras fundações de Caerphilly. O castelo consistia em um núcleo principal, cercado por dois circuitos concêntricos de muralhas, intercaladas com torres de guarda. Uma destas, conhecida como East Inner Gatehouse, era tão grande que equivalia a muitos outros castelos menores, sendo que anexo à mesma estava localizado o Banqueting Hall, salão de festas e principal ponto de atividades sociais do castelo.
Seu estilo arquitetônico é considerado um marco em termos de técnicas defensivas da idade média. A disposição de suas muralhas duplas, em forma de paralelogramos, rodeadas por fossos de água, foi uma novidade para a época. Isto permitia acesso rápido a qualquer parte do castelo, e fazia de suas torres pontos independentes de defesa e controle de cada setor, com amplo ângulo de visão. Além disso, o sistema de muralhas duplas impedia que, caso a muralha externa fosse conquistada, os invasores avançassem com seus equipamentos e catapultas até a muralha interna.
Graças a isto, o castelo de Caerphilly foi cercado, sitiado e ameaçado várias vezes por diversos exércitos inimigos, mas nunca chegou a ser tomado. Além de Caerphilly, os De Clare construíram outras fortificações, como o Castelo Coch, em diferentes extremidades do que consideravam seu território, o país de Gales. Como guarnição militar, Caerphilly teve uma vida útil relativamente curta. Poucos anos após a conclusão das obras, em 1283, os habitantes do País de Gales tinham sido completamente derrotados pelo rei inglês Edward I, e seu domínio nesta região era absoluto. Isto tornava a necessidade de manutenção de uma grande fortaleza, como Caerphilly, quase desnecessária. Mesmo para um soberano da época, a manutenção de um grande castelo representava um pesado custo financeiro.
Depois da conquista do sul de Gales, Caerphilly só voltou a ver alguma ação durante a guerra entre o rei Edward II e sua mulher, a rainha Isabella. Pelo que relata a história, o rei e a rainha se desentenderam devido a interesses políticos conflitantes. Decidida a destronar seu marido e também Hugh Despenser, o braço direito real, Isabella uniu-se a uma facção de opositores ao rei e determinou que a parte do exército que era leal a ela atacasse e sitiasse o castelo de Caerphilly, entre dezembro de 1326 e março de 1327, onde estava o rei. Mas antes disso o soberano conseguir escapar e Hugh Despenser, seu braço direito, foi enforcado.
No final do conflito, a rainha Isabella havia triunfado, e seu colaborador principal, Roger de Mortimer, foi ricamente recompensado com o título vitalício de ministro da Justiça do País de Gales. Desprezado pela rainha, e abandonado pelos descendentes da família Despenser, que haviam se mudado para residências mais confortáveis, o castelo foi abandonado. Sem finalidades práticas do ponto de vista militar, Caerphilly foi aos poucos sendo esvaziado, esquecido, e logo estava em ruínas.
Como agravante, durante o século 16, as pedras do castelo passaram a ser utilizadas como material de construção para novas residências, o que contribuiu para destruir o que ainda restava. No século 17 um novo golpe atingiu Caerphilly. Durante a Guerra Civil, disputa entre monarquistas e parlamentaristas que dividiu a Inglaterra, foram registrados ataques com canhões de pólvora às muralhas e torres do castelo. Não que ele ainda representasse alguma ameaça a qualquer uma das partes, mas sim pelo que Caerphilly simbolizava historicamente para os monarquistas.
Daí para a frente, no que diz respeito à sua preservação histórica, Caerphilly infelizmente não teve a mesma sorte de outros castelos. É até mesmo interessante observar (e será apenas acaso?) que os castelos situados no País de Gales não mereceram a mesma atenção ou preservação por parte do governo, daqueles situados na Inglaterra.
Caerphilly permaneceu completamente abandonado por três séculos, e apenas a partir de 1928, começou a sofrer um modesto programa de reformas, graças à iniciativa da 4a Marquesa de Bute. No entanto, a recuperação de um castelo deste tamanho necessita de grandes fortunas, o que nem a marquesa dispunha. E por isso, quando hoje visitamos esta magnífica obra de engenharia militar da idade média, ainda encontramos quase que exclusivamente ruínas. Seu ponto mais famoso, e que tornou-se praticamente a marca registrada de Caerphilly, é a torre sudeste, batizada de Leaning Tower, partida ao meio por uma grande rachadura, e visivelmente inclinada, mas que, por teimosia e altivez, recusa-se a desabar
O castelo de Caerphilly está situado cerca de 10 km ao norte da cidade de Cardiff. Para quem está de carro tome como referência a saída número 32 da auto-estrada M4. O acesso ao castelo está situado 4 km depois desta saída. Se estiver viajando de trem, tome como ponto de partida a cidade de Cardiff, e pegue qualquer trem para a cidade de Caerphilly. O castelo fica a pouca distância do centro da cidade, e pode ser atingido em alguns minutos de caminhada.
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Harlech Castle - País de Gales


Harlech é uma presença constante em fotografias e folhetos turísticos quando o assunto é Castelos do Reino Unido. Sua situação privilegiada, entre o mar e as montanhas da Snowdonia, lhe transformou num dos mais populares do País de Gales.

Se considerarmos a técnica utilizada, Harlech é uma autêntica obra prima da arte de construir castelos. Sua construção levou apenas sete anos. Ela foi parte de um grupo de castelos construídos no norte de Gales durante o final do século 13, a mando de Edward I da Inglaterra.

O rei determinou a construção de vários castelos. Flint, Rhuddlan, Hope, Builth e Aberystwyth tiveram suas obras iniciadas em 1277. Conwy, Harlech e Caernarfon em 1283. Denbigh, Hawarden, Holt e Chirk em 1284. E Beaumaris, o último dentre todos, em 1295. Se for considerada também a lista de castelos restaurados por Edward I, temos que incluir ainda Dolwyddelan, Criccieth e Castell y Bere, que haviam pertencido aos reis Galeses, e tinham ficado muito danificados durante as guerras contra a Inglaterra.

Os primeiros registros históricos de Harlech datam de 1282. Ao que consta, neste ano, após a derrota e morte do rei Galês Llywelyn ap Gruffudd, as tropas inglesas tiveram o caminho livre para avançar e tentar controlar toda a região norte de Gales. A construção de Harlech foi parte de sua estratégia para estabelecer pontos seguros na região.

No ano de 1296 o número de trabalhadores contratados para construir o castelo já chegava a 950, sendo 229 pedreiros, 115 cortadores de pedras, 30 forjadores e ferreiros e 22 carpinteiros, sendo o resto composto por ajudantes e carregadores sem função especializada.

Harlech teve um papel fundamental na rebelião Galesa contra os invasores Ingleses, ocorrida entre 1400 e 1414. Liderada por Owain Glyn Dwr, esta foi a última das tentativas dos Galeses em conseguir sua independência. Eles chegaram a controlar todo o país, e só não conseguiram derrotar de imediato as tropas inglesas porque estas se abrigaram por trás das muralhas de seus castelos. Depois de um longo sítio, Harlech foi finalmente invadido e dominado pelos Galeses, no final de 1404. Transformou-se então na residência oficial dos reis de Gales. Aqui eram realizadas as cerimônias oficiais de coroação, e em demonstração de reconhecimento à nação Galesa, estas festividades contavam com a presença de enviados das famílias reais da Escócia, França e Espanha.

Mas os Ingleses não desistiram, e a partir de 1408 voltaram a atacar a região. Harlech foi mais uma vez sitiado, voltou a assistir batalhas sangrentas frente às suas muralhas, e foi tomado de volta pelos Ingleses, com quem permaneceu em definitivo. Harlech teria ainda importantes participações durante o século 16, na chamada Guerra dos Roses, assim como no reinado da rainha Elizabeth I da Inglaterra, e na guerra civil, entre 1642 e 1648.

Harlech fica junto à baía de Tremadog. Saindo da cidade de Porthmadog, onde fica Criccieth, siga para o sul pela estrada A496 por cerca de meia hora e não há como errar. Este é um dos castelos que mais nos impressionou, por sua imponência, localização e dimensões.

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Ewloe Castle - País de Gales


Há poucos registros conhecidos sobre o castelo de Ewloe. Situado no norte do País de Gales, e hoje completamente em ruínas, ao que consta, ele teria sido construído por volta de 1150, a mando do príncipe Galês Owain Gwynedd. Inicialmente uma construção em madeira, apenas 50 anos depois ele foi convertido numa construção de pedra, a qual vemos hoje.

Do conjunto de prédios que formavam o castelo, o mais antigo era sua torre de dois andares. As muralhas laterais e sua torre circular só foram erigidas a partir de 1255. Uma das poucas referências escritas relacionadas a Ewloe data de 1311, em relatório enviado ao rei Edward III por Payn Tibotot, escrivão da cidade de Chester, situada a pouca distância. No documento, um levantamento dos castelos da região, ele informava ao monarca que Ewloe estava em boas condições de utilização, e que desde 1275 estava em poder do rei Galês Llywelyn ap Gruffydd.

Daí em diante, uma bruma negra cobre a história do castelo de Ewloe. Apenas séculos mais tarde, em 1928, foi publicado um estudo mais aprofundado sobre o castelo, mas que, mesmo assim, estava longe de ser conclusivo.

Pelo estudo, conclui-se que Ewloe tinha uma forma semicircular, e era constituído por duas seções independentes, construídas em diferentes níveis. Na parte superior estava situada a torre maior, conhecida como Welsh Tower (torre galesa), com um pátio pequeno em seu contorno, e na inferior situava-se a torre menor, circular, e o pátio principal do castelo. Este pátio era o local onde se realizavam as principais atividades externas. Nele estava localizado ainda um poço de água, acessório essencial do castelo, principalmente nas ocasiões em que estava cercado por tropas inimigas, o que não raro durava meses.

Também neste pátio trabalhavam os ferreiros, arqueiros, carpinteiros e serviçais em geral, responsáveis pela manutenção de armas, munições, e por manter em dia as provisões do castelo. Alguns historiadores especulam que também no pátio inferior provavelmente estaria situada uma pequena capela, como era usual em construções deste tipo, e que fornecia apoio espiritual aos moradores, principalmente durante as freqüentes guerras e batalhas, entre ingleses e galeses.

As acomodações do senhor do castelo ficavam localizadas no primeiro andar. Circundando todo o conjunto estava situada a muralha principal. O acesso ao interior era feito através de uma ponte suspensa, de madeira, que fornecia uma proteção adicional contra visitantes indesejados. Nos últimos anos, alguns serviços de restauração chegaram a ser executados em Ewloe, mesmo assim, ainda há muito a fazer, quando se pensa na possibilidade de fazê-lo voltar ao estado inicial, como já foi feito com outros castelos do Reino Unido.

De uma forma geral, o que tem-se hoje em dia sobre Ewloe são mais suposições do que certezas. Sua própria localização é desencorajante para visitas. Fomos até lá atraídos por uma pequena indicação num mapa do norte do país de Gales. Mas até conseguirmos achar o local exato foram necessárias muitas perguntas aos moradores. Apenas uma pequena placa na beira da estrada indica o caminho para lá. E mesmo assim, para chegar a Ewloe, é necessário caminhar uma boa distância através de campos, tentando desviar do estrume das vacas galesas.

Acima, vê-se uma reconstituição artística do que teria sido a aparência de Ewloe em seu apogeu. Para quem estiver passeando próximo à cidade inglesa de Chester, vale a pena percorrer os cerca de 40 km que a separam do castelo e conhecer esta testemunha silenciosa feita em pedra de tempos bem turbulentos.

Criccieth Castle - País de Gales



A região onde fica o castelo de Criccieth já havia sido ocupada inicialmente por soldados romanos, que a conheciam como Segontium. Com a queda do império romano, as tribos Galesas passaram a dominar o local, e decidiram transformar Criccieth em seu centro administrativo, com a construção de uma fortaleza que pudesse controlar as estradas norte sul, importantes vias de comércio, bem como o litoral.

Foi decidida a construção do castelo no alto de uma rocha, na parte norte da baia de Cardigan, no local conhecido como Criccieth. A mais antiga referência conhecida ao castelo data de 1239, quando Dafydd, filho do rei Llywelyn ab Iorwerth, aprisionou seu meio irmão Gruffudd em Criccieth e assumiu o controle da região. Em 1259 o castelo também foi palco de eventos dramáticos, quando Maredudd ap Rhys Gryg, um dos principais aliados de Llywelyn rompeu com o rei e aliou-se aos Ingleses. Mais tarde ele foi capturado no castelo de Criccieth e levado a julgamento por traição.

Por quase 50 anos o castelo viveu em relativa paz, até que em 1282 Dafydd atacou de surpresa o castelo de Hawarden, onde estavam os ingleses, e com isto deu início a uma nova guerra entre Inglaterra e Gales. No final daquele ano as tropas Inglesas mataram o rei Llywelyn, e assumiram o controle de toda a região.
Edward I da Inglaterra esteve pessoalmente inspecionando suas tropas em Criccieth por diversas ocasiões, e designou como administrador local Sir William Leyburn. O Castelo foi então aumentado, e há registros de que foram gastos neste período cerca de £ 9.400 em obras de ampliação, durante os anos de 1283 e 1284, uma soma considerável para a época.
Ao que consta a cidade de Criccieth era muito pequena, e não tinha muros em volta, como era comum nas cidades da época. Por isso seus habitantes precisavam abrigar-se dentro das muralhas do castelo durante os momentos mais difíceis das freqüentes batalhas.

Em 1294 Madog ap Llywelyn, primo do rei deposto, liderou um levante contra as tropas Inglesas que ocupavam o castelo, o que logo se tornou uma rebelião geral em toda Gales. A cidade de Caernarfon e seu castelo foram incendiadas. O castelo de Criccieth foi sitiado, e as tropas Inglesas e habitantes da cidade precisaram se proteger atrás das muralhas do castelo por muito tempo, sendo obrigados a sobreviver com pouquíssimas provisões.
A ajuda só chegou alguns meses depois, vinda da Irlanda por mar. Criccieth continuou assim em mãos Inglesas. Ele ainda seria usado como prisão para Escoceses. Apenas no ano de 1359 o rei Inglês Edward, conhecido como Black Prince, iria indicar um Galês como administrador de Criccieth. O indicado foi Sir Hywel y Fwyall, que teve uma recepção de herói ao chegar à cidade. Coincidentemente, Black Prince também havia nascido no País de Gales. E com este gesto ele havia conseguido manter o controle da região e ao mesmo tempo agradar a população local.

Hywel y Fwyall permaneceu à frente do castelo até 1381, quando morreu. Este ponto marca o início do fim para o castelo de Criccieth. A partir daí aconteceriam novas guerras e batalhas ferozes entre Galeses e Ingleses, e que acabariam causando a completa destruição do Castelo de Criccieth.
Para visitar o castelo tome como partida a cidade de Porthmadog, junto ao mar, na baía de Cardigan. O castelo está situado cerca de 5 km a oeste desta cidade, bastando seguir pela estrada A497. Por estar situado à beira mar e no alto de um penhasco, o local é muito ventoso, e mesmo com céu azul, como quando passamos lá, estava bem frio. Ao mesmo tempo, a vista do oceano em frente, descortinando o Mar da Irlanda, faz deste um local visualmente privilegiado, verdadeiramente dramático.
Fonte:www.viagensimagens.com

Conwy Castle - País de Gales



Conwy é um dos maiores e mais visitados castelos do País de Gales. Ele é considerado como uma obra prima do rei inglês Edward I. Sua construção foi iniciada em 1283 e durou apenas cinco anos, muito rápido para este tipo de obra, ainda mais se considerarmos que Conwy tinha oito torres, e paredes com cinco metros de espessura.
O castelo na verdade era apenas a parte frontal de uma vasta estrutura militar, que cercava toda a cidade. Ainda hoje os visitantes, ao subir nas partes mais altas do castelo, podem ver as muralhas cercando a simpática cidadezinha. Mas também naquela época, a conservação de uma estrutura daquele tamanho era cara e difícil, e Conwy foi diretamente afetado por estes fatores.
Entre 1321 e 1627 a falta de manutenção levou grande parte do castelo a deteriorar-se, sendo que no final deste período, parte da estrutura dos tetos já havia desabado, e Conwy não tinha mais condições de abrigar o rei e sua corte. O castelo foi então vendido por 100 libras para uma importante figura política da época, que assumiu assim o título de Lord Conwy.
Mas o responsável por sua restauração seria um dos ministros do então rei Charles, chamado John William, e que não por acaso tinha nascido na cidade de Conwy. Ele aumentou, fortificou e o mobiliou completamente, trazendo de volta seu antigo aspecto real, e fazendo dele novamente um ponto importante e respeitado.
Mais tarde os ventos tornariam a mudar. Durante a guerra civil, o castelo foi sitiado, e em 1646, depois de muito resistir, foi tomado. Começou então outro período de declínio. No final da guerra, como não havia interesse dos vencedores em manter intacto um castelo que era símbolo dos inimigos, ele voltou a ser abandonado. A estrutura de madeira dos telhados foi vendida para servir à outras construções, assim como seus móveis e quase tudo mais que estivesse disponível, transformando o local em ruínas.
Apenas muito depois, em 1826, com a inauguração da ferrovia Chester & Holyhead, ligando o centro do país à região de Conwy, o castelo e sua importância histórica seriam redescobertos, e iniciado um movimento em favor de sua restauração. Atualmente, embora ainda existam apenas ruínas, uma visita à Conwy é emocionante. Mesmo sem seu teto, ao subir numa das oito torres, ou caminhar pelo alto das muralhas, ainda pode-se sentir o peso e a imponência daquela maciça estrutura de pedra.
A pequena cidade de Conwy, junto ao castelo, tem a maior parte do comércio em função dos turistas. Uma multidão que diariamente atravessa os portões do castelo para visitar uma das obras primas de Edward I, agora convertida em tesouro da humanidade.
O castelo de Conwy fica no extremo norte do País de Gales, junto ao litoral. Para chegar lá o melhor ponto de partida é a cidade inglesa de Chester. Partindo dela, siga pela A55 rumo oeste por meia hora, e logo após a baía de Conwy você vai ver o castelo e sua cidade.

Fonte:www.viagensimagens.com

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Chepstow Castle - País de Gales



Poucos castelos no Reino Unido relatam a história das construções fortificadas medievais como o Castelo de Chepstow. Situado no País de Gales, ele foi construído em quatro etapas sucessivas, e ainda sofreu alterações posteriores no período Tudor.
O início de sua construção ocorreu logo após os Normandos terem invadido a ilha Britânica, em 1066, liderados por William, o Conquistador. Segundo os registros existentes, a parte inicial do castelo, que consistia unicamente em sua torre central foi construída naquele mesmo ano por William Fitz Osbern, senhor de uma pequena cidade Normanda e colaborador de William, o Conquistador.

O Conquistador determinou que a fortificação fosse erigida naquele local para servir de base para sua planejada invasão e conquista das tribos Galesas. Fora das muralhas do castelo começou a desenvolver-se uma pequena cidade, que se tornou um ponto de referência na região devido principalmente ao seu mercado. A cidade passou a ser chamada de Cheap-Stow , o que significava Cidade do Mercado. Na foto ao lado, quase imperceptível junto ao vértice das duas paredes, está Regina, vestida de preto. Esta foto dá uma idéia das dimensões do salão principal de Chepstow.

A segunda etapa da construção do castelo ocorreu por volta do ano 1200, por determinação de William Marshall, o Duque de Pembroke, um grande guerreiro e uma das figuras mais notáveis da Inglaterra daquela época. Sua fidelidade ao rei Henry II era tão grande, que quando seu filho subiu ao trono, passando a ser conhecido como Richard Lionheart (o famoso Ricardo Coração de Leão) este recompensou Marshall com o título de senhor da região de Chepstow, além de lhe conceder a mão de Isabella de Clare, herdeira e conhecida como Donzela de Chepstow.

Marshall determinou que o lado este do castelo, vulnerável a ataques, fosse reforçado. Providenciou também a construção de uma nova muralha e duas torres adicionais, conforme o padrão adotado para defesa no século 13. O casamento de Marshall resultou em cinco filhos. E coube a eles a execução da terceira fase da construção do castelo, entre 1219 e 1245. Seus filhos aumentaram ainda mais o castelo, e construíram o grande portão de entrada, utilizado até hoje pelos visitantes de Chepstow.

A quarta fase de Chepstow ocorreu entre 1270 e 1300. Um dos netos de William, Roger Bigot III, transformou-se num rico e poderoso senhor da corte de Edward I. Seguindo a tradição da família ele determinou que fossem construídas acomodações confortáveis e grandes, à altura de um influente nobre como ele, e da numerosa equipe de servos e soldados que lhe acompanhava onde quer que fosse.

Ele também ordenou que fosse construída uma muralha em torno da cidade, como proteção adicional para seus habitantes. Com a morte de Roger Bigot em 1306 suas terras passaram para o rei. Após a conquista definitiva de Gales, conseguida durante o reinado de Edward I, a importância estratégica do castelo diminuiu, o que acabou fazendo como que ele fosse transformado em ruínas.No século 17, durante a guerra civil, o castelo voltou a ter papel fundamental, pois sua posição lhe permitia controlar o movimento de tropas na rota que ligava o País de Gales ao sul da Inglaterra. Atualmente o castelo está abandonado, e pouco resta dele além de ruínas históricas.

Chepstow está situado entre as cidades de Newport, em Gales e Bristol, na Inglaterra, logo depois da grande ponte que cruza o rio Severn. Vindo pela auto-estrada M48 pegue a saída 2, e você estará na cidade de Chepstow. O castelo fica bem no centro. Infelizmente ele está completamente em ruínas, e até hoje nada foi feito para restaurá-lo.

Cardiff Castle - País de Gales



O castelo de Cardiff está situado exatamente no centro da cidade de Cardiff, capital do País de Gales. Suas primeiras partes, ainda de madeira, foram erigidas em 1091 por Robert Fitzhamon, o Lorde de Gloucester, que era um dos principais colaboradores de William o, Conquistador. Durante o século 12, Lord Robert, senhor do castelo e filho de Henrique I, decidiu fortificar ainda mais o local, e construiu a torre de pedra, um dos pontos centrais do castelo e que permanece de pé ainda hoje.

O castelo sempre esteve envolvido nas histórias relacionadas à conquista e dominação do país de Gales e sua população, sendo que em 1183 uma revolta popular chegou a danificar parte de suas muralhas. No século seguinte o castelo passou a ser propriedade da família de Clare. Em 1270 as tribos galesas, até então autônomas, foram unificadas sob o comando de Llywelyn ap Gruffydd, o que levou Gilbert de Clare, a aumentar ainda mais as defesas do castelo, construindo os trechos que passaram a ser designados com Black Tower e South Gateway, mas o ataque das tribos lideradas por Llywelyn ap Gruffydd não aconteceu.

Em 1306 o castelo trocou de mãos novamente, passando desta vez para a família Despenser, linhagem de nobres ingleses de grande influência junto à corte, e com eles ficou durante os 100 anos seguintes, período durante o qual houve muitas lutas entre ingleses e galeses. Em 1317 o próprio líder dos galeses, Llywelyn Bren, foi feito prisioneiro no castelo de Cardiff, acusado de traição e de insuflar uma rebelião contra os senhores ingleses. Ele acabou condenado e executado dentro do próprio castelo. Mas as lutas na época não ocorriam apenas entre os dominadores lordes ingleses e os dominados galeses. Também eram freqüentes conflitos entre as próprias famílias inglesas, desejosas de poder, terras e fortuna. Em 1321 o castelo dos Despenser foi sitiado e capturado por uma facção rival, os Marcher, que conspiravam contra o rei Edward II, e por isso precisavam tomar o castelo dos aliados reais, a família Despenser.
Em 1326 os Marcher conseguiram o que queriam, Hugh le Despenser, o senhor de Cardiff, foi capturado e enforcado, sendo o rei Edward II aprisionado e assassinado um ano depois. No século 15 novamente foi a vez dos galeses voltarem a dar trabalho aos ingleses. Liderados por Owain Glyndwr o castelo foi atacado com fúria selvagem e a cidade à sua volta incendiada.

Apesar disso, os Despenser ainda conseguirem manter controle do castelo até 1414, quando então o último herdeiro desta família passou a propriedade para os Beauchamps, conhecidos como Duques de Warwick. Richard Beauchamps mandou então aumentar mais ainda o castelo, e data deste período a construção da ala residencial, das muralhas oeste e da grande torre octogonal. Richard Beauchamp era tutor do rei Henrique VI, e como parte de suas atribuições estava acompanhar o rei em suas viagens. Foi numa viagem à França que ele morreu, em 1445, deixando o castelo de herança para sua filha Ann, e tornando seu marido Richard Neville o novo senhor do castelo.
Neville em pouco tempo se tornou conhecido como Warwick, o Fazedor de Reis, em referência à sua grande influência e habilidade política. Quando morreu, em 1471, o castelo passou para sua filha mais velha, Isabel e mais tarde para a irmã desta, também chamada Ann. O marido desta última chegou a ocupar o trono da Inglaterra, ficando conhecido como Ricardo III, que por sua vez foi derrotado por outra facção, liderada por Henrique VII, fundador da famosa dinastia Tudor, que iria dominar a Inglaterra por tantos anos. Logo após a morte de Ricardo III, o castelo de Cardiff trocou novamente de mãos, indo agora para o tio do novo rei, Lord Jasper, e permaneceu de posse da família real pelos 75 anos seguintes.
Em 1550, William Herbert, integrante de uma das mais nobres e influentes famílias inglesas obteve a propriedade do castelo, e o aumentou e embelezou ainda mais. Durante a guerra civil, que no século 17 dividiu Inglaterra entre monarquistas e parlamentaristas, o castelo foi cobiçado pelas duas facções, mas acabou sendo tomado pelas tropas parlamentaristas de Oliver Cromwell. Por felicidade, a sorte deste castelo foi diferente da destinada a outros dominados pelos parlamentaristas, e foi permitido aos Herbert continuarem em seu controle e até fortificá-lo ainda mais.
Em 1776, o último herdeiro da família Herbert, Lady Charlotte Jane, entregou a propriedade a John Stuart Butte, e um novo ciclo começou. Foi esta família a responsável por um grande desenvolvimento da cidade de Cardiff, até então um mero povoado em torno do castelo, que a partir daí começou a desenvolver-se até chegar a ser a principal e maior cidade de Gales. Abandonado por muito tempo, foi apenas em 1848, graças à terceira Marquesa de Butte, que começou o que é considerado agora, como renascimento de Cardiff, com a execução de diversas obras e adaptações internas.
Em 1947 o castelo foi oficialmente entregue à administração da cidade de Cardiff, que se encarregou abri-lo à visitação publica e transformá-lo em atração turística. O castelo está situado exatamente no centro da cidade de Cardiff. Todo o conjunto forma um grande complexo, dominada pela torre situada no alto de um monte e acessível através de uma grande escadaria. Em volta estão gramados com faisões, e à esquerda situa-se a parte moderna do castelo, construída mais tarde, e que costuma abrigar exibições de peças históricas. A entrada de todo conjunto é feita através de um portão sob grossas muralhas.
Fonte:www.viagensimagens.com

Beaumaris Castle - País de Gales



O castelo Beaumaris está situado numa das regiões mais belas do País de Gales. Beaumaris fica próximo à cidade de Bangor, nordeste do País de Gales. Saindo de lá, siga pela estrada A545, e em cerca de 15 km você chegará no castelo.
Em março de 1284, com a morte do rei Llywellyn, na cidade de Builth, e com a execução de Dafydd, em Shrewsbury, a época dos reis e da autonomia de Gales estava chegava ao fim. Aproveitando disto, o rei Inglês Edward VIII decidiu dominar e administrar a região norte do País de Gales segundo o estilo de Counties e Shires adotado na Inglaterra, que correspondiam mais ou menos à regiões administrativas.
Este era um estilo em que cada região tinha um administrador indicado pelo rei, e ficava responsável pelo poder e controle da região. O centro desse poder era sempre um castelo.As regiões de Caernarfon e Merioneth já tinham seus centros administrativos nos castelos de Caernarfon e Harlech, ambos, assim como Conwy, com construção iniciada em 1283.
A decisão de construir o castelo de Beaumaris, e o local escolhido devem ter sido tomadas na semana que o rei passou na região de Llanfaes, em agosto de 1283. A construção, no entanto, não foi iniciada imediatamente, pois mesmo para um soberano na idade média, não era fácil conseguir recursos e profissionais qualificados para construir três imensos castelos ao mesmo tempo.
O início da construção do castelo de Beaumaris ocorreu apenas em 1295. Este foi o último dos grandes castelos construídos por Edward VIII na região norte do País de Gales. O arquiteto encarregado da obra, James of St. George conseguiu no projeto deste castelo atingir um grau de simetria quase matemática, como nunca tinha sido visto em nenhum dos projetos anteriores.
Se fosse traçada uma linha no chão, dividindo o castelo em duas metades, veríamos que um dos lados do castelo é praticamente o reflexo da outra metade, o que nos dá idéia do requinte arquitetônico de seu projeto. Para a construção de Beaumnaris, os registros indicam que na fase inicial foram necessários 200 pedreiros, 400 cortadores de pedras e 2000 ajudantes. O custo estimado na época de sua construção foi de £31.000, o que transformado em valores atuais corresponde a aproximadamente US$15 milhões.
A história deste castelo foi relativamente calma, sem grandes eventos históricos ou turbulências. Por exemplo, ele nunca chegou a ser atacado ou sitiado, como aconteceu com castelos vizinhos, como Harlech. Um dos poucos registros de atividades militares foi na ocasião da guerra civil ocorrida no Reino Unido. Consta que Beaumaris foi tomado por uma guarnição fiel ao rei, e apenas em 1646 rendeu-se às tropas parlamentaristas.
A partir daí chegou a ocorrer alguma destruição parcial do castelo, mas a maior parte de sua estrutura permanece tal e qual foi originalmente construída, no ano 1300. Após a guerra civil, sem maiores utilizações, o castelo foi sendo gradualmente abandonado, até se transformar numa estrutura quase em ruínas. Em 1807 as ruínas do castelo foram compradas da coroa Britânica por Lord Bulkeley, por £735. Em 1925 a administração do castelo foi transferida para uma comissão do governo responsável pela preservação de monumentos históricos, quando finalmente foi iniciado um programa de recuperação de Beaumaris.
Fonte:www.viagensimagens.com

Caernarfon Castle - País de Gales



Caernarfon é um local histórico de Gales. O castelo e a cidade à sua volta foram construídos sobre o que restou de antigas fortificações Romanas, construídas há quase dois mil anos. Foi graças a estas primeiras construções que o castelo herdou até o nome. Os Galeses chamavam a fortificação romana de Y gaer yn Arfon, que significava A fortaleza sobre a ilha Môn (atual ilha de Anglesey).

Não se sabe muito sobre a história do castelo durante os seis séculos que separam a partida dos romanos do local até a chegada dos Normandos à Gales. A partir da conquista Normanda, liderada pelo rei William I, a história do castelo passou a ter um registro mais completo, pois os novos donos da ilha não perderam tempo tentando trazer a região para o domínio militar e político anglo-saxão.

Em 1086 Robert de Rhuddlan tornou-se o responsável pela administração da região norte de Gales, e deu início à construção de fortificações para controlar a região. Em 1090 foi então iniciada a construção do castelo de Caernarfon. O local foi escolhido em função de sua proximidade com o mar, um importante fator estratégico, exatamente na península formada pelo estuário do rio Seiont e Menai Strait.

No ano de 1115 os reis de Gales conseguiram recuperar o país dos invasores, e decidiram passar a utilizar o castelo como defesa contra possíveis tentativas de retomada por parte dos Normandos. O castelo foi então aumentado e teve suas guarnições aprimoradas. Isto não impediu, no entanto, que em 1283 Caernarfon fosse novamente tomado pelos invasores da ilha.

Caernarfon está situado ao sul da ilha de Anglesey, no extremo noroeste do País de Gales. Para chegar até lá, tome como referência a cidade de Chester, no norte da Inglaterra, e siga na direção oeste pelas estradas A55, A5 e depois A487. A distância é de aproximadamente 90 minutos de carro. O castelo de Caernarfon, junto com o de Conwy, formam a "dupla imperdível" de castelos do País de Gales. Se tiver pouco tempo para visitar esta região, sugerimos que você comece por eles.
Fonte:www.viagensimagens.com

Castelos Medievais


Durante a Idade Média (séculos V ao XV) a Europa foi palco da construção de milhares de castelos. Nesta época da história, as guerras eram muito comuns. Logo, os senhores feudais, reis e outros nobres preocupavam-se com a proteção de sua residência, bens e familiares.

Durante os primeiros séculos da Idade Média (até o século XI, aproximadamente), os castelos eram erguidos de madeira retirada das florestas da região. Seu interior era rústico e não possuía luxo e conforto.

A partir do século XI, a arquitetura de construção de castelos mudou completamente. Eles passaram a ser construído de blocos de pedra. Tornaram-se, portanto, muito mais resistentes. Estes castelos medievais eram erguidos em regiões altas, pois assim ficava mais fácil visualizar a chegada dos inimigos. Um castelo demorava, em média, de dois a sete anos para ser construído.

Em volta do castelo medieval, geralmente, era aberto um fosso preenchido com água. Esta estratégia era importante para dificultar a penetração dos inimigos durante uma batalha. Os castelos eram cercados por muralhas e possuíam torres, onde ficavam posicionados arqueiros e outros tipos de guerreiros. O calabouço era outra área importante, pois nele os reis e senhores feudais mantinham presos os bandidos, marginais ou inimigos capturados.

Como o castelo medieval era construído com a intenção principal de proteção durante uma guerra, outros elementos eram pensados e elaborados para estes momentos. Muitos possuíam passagens subterrâneas para que, num momento de invasão, seus moradores pudessem fugir.

O castelo era o refúgio dos habitantes do feudo, inclusive os camponeses (servos). No momento da invasão inimiga, todos corriam para buscar abrigo dentro das muralhas do castelo. A ponte levadiça, feita de madeira maciça e ferro, era o único acesso ao castelo e, após todos entrarem, era erguida para impedir a penetração inimiga.

Por dentro, o castelo medieval era frio e rústico, ao contrário do luxo mostrado em muitos filmes sobre a Idade Média. Os cômodos eram enormes e em grande quantidade. O esgoto produzido no castelo era, geralmente, jogado no fosso.

Grande parte destes castelos medievais ainda existem na Europa, porém foram transformados em hotéis, museus ou pontos turísticos. Em cidades do interior da França, Itália, Alemanha, Portugal, Espanha e Inglaterra podemos encontrar vários exemplos destes interessantes tipos de construção antiga.